#142 - Sobre a bondade humana

Enviado por Lucca Moreira

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Ontem assisti o novo filme do Superman em família e, sinceramente… Que filme bom.

Existem falhas na história, momentos em que as atuações poderiam ter sido melhores, cenas bobas, mas o conjunto da obra é: um filme gostoso de assistir.

Depois fiquei assistindo cortes do diretor James Gunn sobre como ele fez o filme, desafios e a essência do que estava criando. Dentre diversas grandes frases e reflexões, uma ficou comigo:

Por que nós amamos o Superman tanto assim?

É porque ele consegue destruir planetas e levantar arranha-céus? Não acho que seja. Eu acho que é pela sua intrínseca bondade e a sua humanidade.

Quanto mais eu pensava, mais gostei do conceito porque revela algo muito verdadeiro sobre o ser humano... Nossa bondade intrínseca.

Isso é ser humano.

Eu sei que nós temos nossos problemas, que nós erramos, que via de regra somos responsáveis por alguns atos bárbaros no decorrer da nossa história. Ao mesmo tempo, não consigo parar de pensar no fato de que estamos consistentemente melhorando como espécie e, por mais irracional que seja, todos os dias vemos pessoas sacrificando vidas incríveis para tentar deixar o mundo para os outros um pouco melhor.

Isso é ser humano.

No mundo da informação somos bombardeados com notícias ruins o dia inteiro se deixarmos. É maldade em todos os lugares e a qualquer hora. É assassinato, é doença, é corrupção, é ganância, é golpe, é roubo...

E com essas informações começamos a desacreditar do ser humano, que realmente estamos fadados à desordem e ao caos.

Mas isso não é verdade. Não poderia estar mais longe da verdade.

Existem coisas ruins no mundo? Sim, muitas. Mas elas são minoria absoluta porque senão fossem, ainda estariamos vivendo como nômades.

Sociedades, estados, nações com todos os seus problemas e falhas são na sua essência instituições criadas da harmonia e colaboração.

A estatística é simples: em 2023 a população carcerária mundial estimava-se estar em 11,5 milhões de pessoas.

Isso equivale a 0,14% da população mundial em 2023, que foi calculada em 8 bilhões de pessoas.

É importante ter esse número na cabeça porque nos faz entender uma contradição clara nessa visão negativa da humanidade. A maioria absoluta de nós, os 99,99%, estão tentando viver uma vida boa, digna e feliz.

E viver a partir desse princípio é uma forma de reduzir o poder que a maldade do mundo exerce em nossas vidas. O ser humano é alguém que está tentando todos os dias ser melhor, fazer mais e viver algo de que se orgulhe.

Eu odeio generalizar qualquer coisa, mas nessa acredito que a matemática está do meu lado. Nós somos bons, queremos fazer o bem. Quem não quer faz muito ruído, mas nunca sobrecarregará pessoas honestas.

O mundo está só melhorando. Eu realmente acredito nisso.

Algumas gotas

As pessoas que nos inspiram em filmes e séries são pessoas que, mesmo não precisando, decidem sacrificar suas vidas por algo maior... Enfrentam desafios que poderiam só ignorar mas que não conseguem de jeito nenhum fazer isso.

São os contos que se eternizaram na humanidade. São os superhomens da vida real.

No filme dos Vingadores: Guerra Infinita, Tony Stark (Homem de Ferro) estava no ápice de sua vida após o desaparecimento de metade do universo. Teve uma filha que amava muito, estava casado com o amor da sua vida...

Mesmo assim, quando ele descobriu que era possível, mesmo a chance sendo mínima de salvar as pessoas desaparecidas, ele aceitou num piscar de olhos.

É esse o sacrifício que eterniza, que nós achamos que não existe mais porque ninguém quer falar sobre, mas que estão por toda a parte.

A humanidade é feita desses pequenos grandes atos e devemos ter consciência disso para vivermos uma vida mais leve, afinal, todos queremos ser bons.

O estoicismo defende tanto focar no seu e fazer o seu melhor, porque é tudo que precisamos focar mesmo. De pingo em pingo, enchemos qualquer lago de bondade…

E talvez seja esse sentimento que precisamos praticar nos dias difíceis: que somos parte dessa maioria esmagadora de pessoas tentando fazer o certo. 

Que nossa bondade, por menor que pareça, contribui para esse oceano infinito de humanidade.

Você não deve perder a fé na humanidade. A humanidade é um oceano; se algumas gotas do oceano estão sujas, o oceano não se torna sujo.

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Até a próxima,

Lucca Moreira,

Co-Founder Insight Espresso

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