#132 - Menos é mais

Enviado por Lucca Moreira | 22 de Julho de 2025

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Menos é mais

Lendo o Antifrágil, ele trouxe essa reflexão que não só concordo mas que precisamos aplicar na nossa vida continuamente.

Na visão do Taleb, a melhor forma de tomar decisão é:

"se você tiver mais de uma razão para fazer alguma coisa (escolher um médico ou um veterinário, contratar um funcionário ou casar-se com uma pessoa, ir viajar), simplesmente não faça nada disso".

Isso não quer dizer que uma razão seja melhor do que duas, mas que, ao invocar mais de uma razão, você está tentando convencer a si mesmo a fazer alguma coisa.

Decisões óbvias exigem apenas uma única razão, não mais do que isso.

Na empresa que estamos construindo, será um dos valores principais na nossa cultura, porque isso guia melhor do que sistemas complexos de tomada de decisão para um bom caminho.

Imagine comigo…

Você está querendo mudar de trabalho e fica o dia todo pesquisando sobre qual será a nova função que deseja atuar.

Nesse caso, é melhor não fazer nada disso.

Se você está buscando o que quer fazer, não está claro o por que está fazendo isso e, consequentemente, é uma decisão de que pode acabar se arrependendo depois. Uma razão sempre.

Aí você pode chegar e me falar: "eu não sei o que quero fazer, mas tenho certeza absoluta de que não quero estar no lugar que estou. Ganho pouco, estou totalmente insatisfeito e está atrapalhando minha vida."

Então ótimo, você não deveria estar pesquisando o que quer fazer. A razão é sair de onde você está e, portanto, deveria primeiramente agarrar a oportunidade que surgir. A razão é sair de algo, não começar algo perfeito.

Localização, localização e localização

Cada dia que passa, novos métodos de tomada de decisão surgem. Esse, por outro lado, é um método infalível e atemporal para tomar boas decisões. Com ele, você evita decidir errado por autoconvencimento de que quer aquilo.

O conhecimento de verdade é um empreendimento de subtração, não adição. Se conseguimos reduzir nossa tomada a uma razão, quer dizer que temos clareza suficiente para tomar essa decisão. O contrário é fácil de enganar.

No ramo imobiliário, por exemplo, já existem modelos preditivos complexos que definem o potencial ganho de uma construção através da análise média dos locais ao seu redor, dos impostos e novos futuros empreendimentos na área.

Porém, se focarmos na heurística mais simples para tomar a mesma decisão, provavelmente vamos acertar mais do que errar. No caso imobiliário é: localização, localização e localização.

Por quê? Porque no modelo preditivo tentamos prever o imprevisível. Se ocorrer um aumento de crime na área, o "perfeito" empreendimento na planilha pode ser completamente desvalorizado.

E, assim como o crime, existem infinitas outras variáveis que precisariam ser previstas para que o modelo seja verdadeiramente assertivo.

Ao invés disso, de gastar meses e meses tentando refinar esse modelo para chegar na decisão final, siga o "Localização, localização e localização" que provavelmente você acertará (ou pelo menos errará pouco) já que é a única razão que importa no caso do setor imobiliário.

Reducionismo de complexidade, não aumento, é o que nos torna bons tomadores de decisão.

A capacidade de simplificar significa eliminar o desnecessário, para que o necessário possa falar. 

Hans Hofman

Sua ação para hoje: Reflita sobre uma decisão que você está adiando ou complicando demais. Consegue reduzi-la a uma única razão clara e forte? Se não conseguir, talvez seja melhor não fazer nada por enquanto. Se conseguir, pare de procurar outras justificativas e aja.

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Até a próxima,

Lucca Moreira,

Co-Founder Insight Espresso

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