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#124 - a decisão mais importantes das nossas vidas
Enviado por Lucca Moreira | 24 de Junho de 2025

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O que vamos explorar hoje?
Fuga criativa: nossas desculpas são tão inteligentes que parecem completamente lógicas.
Os juros da vida fácil: Dois dias de descanso viraram 14 porque viver sem estresse é bom demais - mas cobra juros compostos por décadas.
O segredo dos confiantes: Pessoas confiantes também duvidam de si mesmas - a diferença é que conseguem retornar depois de falhar.
Estava procrastinando para escrever a edição de hoje lendo um livro e acabei tomando um soco na cara.
É por isso que ler se faz tão importante: procrastine lendo e você sempre aprenderá algo, procrastine vendo vídeo ou fazendo coisas inúteis e nada será lembrado.
Agora sobre o soco na cara, foi muito engraçado. Estava utilizando a leitura como uma forma de não começar a escrever e li exatamente sobre a fuga criativa.
São as formas racionais que encontramos para fugir do que precisamos fazer. É muito importante entender esses argumentos porque, se não somos autoconscientes sobre eles, eles se tornam desculpas válidas.
Após a maratona eu tinha liberado uns dias de rotina mais leve, sem exercício físico e podendo dormir até mais tarde.
O que era para ser dois dias acabou sendo duas semanas. Como? Usando do meu racional.
"Ah Lucca, hoje você pode se permitir fazer isso aqui..."
"Ah Lucca, está muito frio para voltar a tomar banho gelado de manhã..."
"Deixa para começar isso semana que vem, essa semana você está descansando."
Entendendo as fugas criativas
Essas são as fugas criativas: razões que acreditamos e usamos para fugirmos dos compromissos que sabemos que são fundamentais.
Toda vez que relaxo e tento voltar à rotina bruta, entro em uma guerra mental foda.
Os dois dias viraram 14 porque é bom demais viver sem estresse. Óbvio que é bom.
É bom beber ou usar drogas para esquecer os problemas.
É bom acordar mais tarde e não ir malhar.
É bom jogar demandas para semana que vem que precisam ser feitas.
É bom se dar desculpa de que estamos cansados, doentes, machucados para ficar em casa sem fazer nada.

Vamos ser sinceros aqui: a vida confortável é gostosa. Se fosse difícil, ninguém fazia.
Porém, ela traz consigo juros compostos, juros que duram anos, talvez décadas para serem cobrados, e que sempre serão cobrados.
Juros na saúde. Juros no dinheiro. Juros na felicidade.
É ingrato essa relação. É um jogo de soma negativa agora (estamos perdendo algo bom para fazer algo ruim), porém que se torna uma soma positiva lá na frente.
Por isso é tão difícil fazer. Os prazeres imediatos são gostosos e, como se não bastasse, o resultado que colhemos de não fazê-los se encontra, muitas vezes, no final da nossa vida.
Ou seja, temos que fazer algo difícil, chato, sem sentir os benefícios agora. Talvez sentimos em um ano, talvez em cinco, talvez nunca, e mesmo assim temos que continuar a fazer.
Li muito esses últimos anos e gosto de dizer que refleti muito também. O que ficou claro para mim é: todos nós sabemos o que temos que fazer para termos sucesso, não fazemos porque, mesmo sabendo, é um caminho extremamente difícil.
É difícil por tudo isso que falamos aqui em cima:
A fuga criativa dando desculpas válidas para não fazermos…
As recompensas longevas e zero claras…
A incerteza de se algum dia vamos realmente receber os espólios daquilo…
O mundo ao redor falando que você está errando e que não precisa ser tão radical assim.

Cabe a nós tomarmos a decisão:
Vamos viver o agora "satisfeitos" e sabendo que nunca vamos atingir nosso máximo potencial (coloco entre aspas porque é uma falsa satisfação - as pessoas mais depressivas e ansiosas que conheço vivem assim) ou vamos buscar o "sofrimento" para realmente testarmos se somos isso tudo que falamos ser?
A verdade é que eu também me sinto inseguro, eu também falho, eu também caio em tentação, eu também fico com preguiça e procrastino.
O segredo não está em nunca falhar e sim conseguir retornar depois de falhar. Gosto sempre de me lembrar:
Toda pessoa confiante duvida de si mesma
Toda pessoa feliz fica angustiada e triste
Toda pessoa com autoestima se sente feia de vez em quando
O que faz a pessoa confiante não é ela nunca duvidar de si mesma, mas conseguir viver uma vida que a deixa confiante na maioria das vezes.
Tudo são escolhas e essa, na minha visão, é a mais importante de todas.
Lembre-se: você pode mudar a qualquer hora, mas não existe refazer. Então tempo que passou se foi, o futuro diminui a cada dia, nossa energia também.
"Não é o fato de termos tão pouco tempo, mas de perdermos tanto. ... A vida que recebemos não é curta, mas nós a tornamos assim; não estamos mal providos, mas usamos o que temos de forma perdulária."

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Lucca Moreira,
Co-Founder Insight Espresso
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