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#110 - Identidade como ponto de partida
Enviado por Lucca Moreira | 05 de Maio de 2025

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O que vamos explorar hoje?
Por que parar de dizer que você é "aspirante" pode ser a chave para destravar suas maiores conquistas.
Como um diretor famoso descobriu que "jogar fora" seu trabalho inicial poderia acelerar seu sucesso.
Entenda como sua identidade é o fator mais poderoso e frequentemente esquecido para alcançar grandes objetivos.
Se você não está recebendo na sua vida algo que você quer muito, não é um problema de desejo, você tem o desejo, tem alguma outra coisa faltando: sua identidade.
Para quem não conhece, Robert Rodriguez é um diretor de cinema muito famoso, que fez filmes incríveis como "Um Drink No Inferno" e "À Prova de Morte". Para ele, todo o nosso sucesso está atrelado à nossa identidade: como nos enxergamos, como nos apresentamos e como nos portamos para manter aquela identidade.
Ele conta que no começo da sua carreira, quando fez o filme "Mariachi", que custou menos de 7 mil dólares e se tornou um sucesso cult, muitas pessoas o paravam e perguntavam:
"Eu sou um aspirante a diretor de cinema, o que você acha que devo fazer? Quais dicas você me dá?"
E a primeira coisa que ele sempre dizia era: "Pare de ser aspirante, seja."

Tudo começa quando você é e faz, e não apenas quando consegue algo.
Tendemos a achar que nossa identidade só se forma quando atingimos o resultado, quando "chegamos lá".
Basear nossa identidade nesse futuro é perigoso, pois dificulta encontrar a resiliência e a vontade de agir e falhar no agora.
Fazendo o processo inverso, de ser para conquistar, tudo faz mais sentido. Rodriguez conta que recebeu uma dica de um diretor que falava: "escreva seus 3 primeiros scripts e depois jogue os 3 fora – eles sempre serão muito ruins."
Rodriguez ressignificou esse conselho: "Scripts demoram a ser escritos, são trabalhosos, e eu vou gastar um tempo para jogar fora? Nada disso! Vou gravar do jeito que der. Vou ser o diretor, cinematógrafo e editor para treinar as habilidades que me fazem ser diretor de cinema."
Então seus três primeiros filmes ele não fez para ninguém, fez para internalizar essa identidade. Por isso, teve que encontrar uma forma de fazer filmes muito baratos; se ele conseguisse vender, ótimo; senão, estaria tudo bem também.
Nesse processo, Rodriguez ficou bom. Encontrou sua forma de fazer filmes, seu processo criativo.

O ponto de partida é sempre mais difícil…
E fica impossível se não acreditamos que somos quem faz aquilo.
Falo por experiência: quando comecei a Insight, só de imaginar escrever sobre filosofia para o mundo, eu paralisava. Porém, desde o primeiro momento, acreditei que eu era um bom escritor.
Acreditei sem muito embasamento; apenas sabia internamente que seria bom naquilo. No começo é assim: acreditar sem saber, mas acreditar. Eu não era aspirante a escritor, eu era escritor.
O tempo passou e essa identidade se reafirmou cada vez mais. Fui me tornando mais confiante e certo. Tudo porque eu comecei.
E por que focar na identidade funciona tanto? Porque depois que você afirma isso, o único caminho lógico é você se adequar a essa identidade.
Ser aspirante nos permite encontrar desculpas, estudar menos, arriscar menos – afinal, somos apenas aspirantes.
Por outro lado, ser não deixa brecha pra nada: temos que ser, e consequentemente, precisamos fazer o necessário para nos sentirmos confortáveis nessa identidade.
A verdade se revela para quem está disposto a se dar essa chance. Inserir-se na identidade é oferecer a si mesmo a maior oportunidade de encontrar sua verdadeira essência.
É impressionante como sabemos exatamente quem queremos ser, mas, por diversos motivos, acabamos sempre desviando dessa verdade. Eu sei que você sabe o que PRECISA ser, e ainda assim, evitamos o esforço e a dor que a adaptação a essa nova identidade exige.
É uma guerra, é uma batalha e nela vamos nos mostrando quem somos.
Importante lembrar que a dor de não sermos vai ser mais longa e devastadora do que a de tentarmos. Portanto, tome coragem.
O mundo espera conhecer sua verdadeira identidade, e só você pode mostrá-la.
Você precisa estar disposto a entrar em guerra consigo mesmo e criar uma identidade totalmente nova.

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Lucca Moreira,
Co-Founder Insight Espresso
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