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#104 - O líder que devemos ser

#104 - O líder que devemos ser

Enviado por Lucca Moreira | 15 de Março de 2025

April 15, 2025 • Tempo de leitura: 8 minutos

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Tempo de leitura: 6 minutos

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O que vamos explorar hoje?

Como um líder silencioso do exército inspirou um dos ensinamentos mais poderosos sobre padrão pessoal.
Por que liderar a si mesmo é o primeiro passo para inspirar quem está ao nosso redor — e o que acontece quando você faz isso.
A história da minha meia maratona e o efeito cascata que ela gerou em pessoas que nem estavam buscando mudança.

O capitão Connley

No que tange a essa reflexão, antes preciso compartilhar um trecho de uma palestra do Goggins, porque, da mesma forma que as palavras dele me inspiram todos os dias, tenho certeza de que farão o mesmo por você.

"A verdade dura é: os maiores líderes que já conheci não estavam esperando reconhecimento. Eles não precisavam ser reconhecidos. Eles eram. O respeito que recebiam vinha da forma como apareciam — todos os dias. Sem desculpas. Sem folgas. Sem precisar se explicar.

Lembro de um desses líderes, o Capitão Connley, na escola de assalto aéreo do exército. Dez dias intensos, conhecidos como os mais difíceis do exército americano. No primeiro dia, enquanto todos faziam apenas as cinco barras e dez flexões exigidas, Connley continuava. Continuava puxando, empurrando, suando em silêncio. Não disse uma palavra. Só fazia. E fazia mais.

Ele não estava ali para impressionar ninguém. Estava ali para explorar os próprios limites. E, com isso, elevou o padrão para todos. Enquanto muitos buscavam apenas cumprir a meta mínima, ele destruía as expectativas — como se as regras não se aplicassem a ele.

Esse foi o momento em que percebi: o padrão é o chão, não o teto. E se você realmente quer se destacar, precisa estabelecer o seu próprio padrão — um que vá além do que o mundo espera.

Liderança não é sobre hierarquia. Não é sobre títulos ou cargos. É sobre influência. E a influência mais poderosa que existe é o exemplo que você dá todos os dias.

Não adianta discursar bem. O que importa é como você vive. Como trata sua família. Como age quando ninguém está olhando. Se você não consegue liderar a si mesmo, por que alguém confiaria que você pode liderar os outros?"

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Falar o que vive, viver o que fala.

A verdade é que nunca consegui ser liderado por alguém que eu não respeitasse, isso desde novo. Se eu não sentia que meus professores, chefes e treinadores sabiam fazer o que falavam, por natureza eu não conseguia respeitar suas ordens.

E tudo volta à ideia de autoliderança. Se a pessoa não estivesse correndo atrás do seu melhor, eu não a considerava digna da minha atenção.

São os professores de empreendedorismo que nunca tiveram empresas, os personal trainers fora de forma, os nutricionistas com péssima saúde.

Vamos ser sinceros: como confiar em uma palavra de quem não vive o que fala?

“A qualidade de um líder se reflete nos padrões que ele estabelece para si próprio.”

Ray Kroc

Quando crescemos, somos ensinados que precisamos viver a vida de uma certa forma... com padrões e limites pré-definidos e existentes. Mas como Steve Jobs coloca tão bem, essa caixa em que nos colocam foi criada por seres humanos não mais inteligentes que nós.

Ou seja, enquanto a maioria vai seguir os padrões, se tornar nosso próprio líder é criar os nossos próprios limites, é elevar a nossa régua. E isso gera um efeito cascata. Viver assim, inevitavelmente, leva outras pessoas a elevarem seus padrões.

O impacto de se tornar o próprio líder

É muito louco o efeito que conseguimos ter nas pessoas ao nosso redor somente correndo atrás dos nossos próprios padrões.

Lembro quando comecei a correr e coloquei como objetivo, em menos de um ano, completar uma meia maratona e uma maratona. TODO MUNDO, com exceção de quem já tinha passado por isso, falou que eu era maluco.

Ignorei e fui treinar. Estava (e ainda estou) convicto de que é possível. Por natureza desses sacrifícios que assumi, por estabelecer esse novo padrão para mim, reparei que diversos amigos e familiares começaram a assumir certas missões.

Acredito que muitos de vocês que estão lendo também. Achei incrível ver pessoas que nem estavam na busca de novos limites ou desafios se encontrarem nessas posições.

Esse é o poder do exemplo. E não comecei a minha jornada porque queria algo, comecei porque sabia que precisava dela para me provar algo que eu mesmo não acreditava.

Já falei várias vezes aqui: eu tinha um problema de ser desistente. Então, para me mostrar que eu não era mais quem fui, escolhi o esporte que mais me assustava e decidi enfrentar um dos seus maiores desafios.

O efeito disso foi ótimo na minha vida — e, por consequência, ótimo para várias pessoas ao meu redor. Algo que não era a minha intenção original.

Esqueça os outros, esqueça os padrões da sociedade. Corra atrás dos seus próprios limites e padrões. Sua vida é sua, sua história é única — então viva de acordo com a sua verdade.

“Não se compare com outras pessoas; compare-se com quem você era ontem.”

Jordan Peterson