Eu não sei nada sobre esse mercado

Estamos nos aproximando da Edição #100 da Insight, o que me deixa muito feliz.

Essa felicidade vem muito mais de conseguir chegar até aqui do que qualquer outra coisa, porque, diferentemente de tudo que comecei na minha vida, eu decidi que, dessa vez, não sairia até ter sucesso.

Olhando para toda a trajetória, eu errei, acertei, perdi dinheiro e ganhei um pouco. E, no final do dia, consegui me manter no jogo.

Hoje, mais de 45 mil pessoas passaram pela base da Insight. Algumas ficaram, outras saíram, mas o que me impressiona é: um estádio de futebol inteiro recebeu pelo menos uma edição nossa.

Além disso, mais de 500 pessoas compraram nosso livro. Um livro que eu e o Arthur escrevemos está na biblioteca digital de um auditório cheio, o que ainda me parece surreal.

E nessa reflexão tem um pensamento que sempre vem a mente…Eu não sei nada sobre esse negócio que decidi começar… ainda.

Eu só comecei. Pela primeira vez na minha vida, parei de cogitar os possíveis problemas, decidi ignorar os medos e as travas e fui fazendo.

Pensar que comecei minha carreira querendo ser diplomata, fazendo faculdade de Relações Internacionais, para hoje estar buscando viver como empresário, palestrante e escritor é insano.

Escolher a sua jornada é melhor do que seguir uma boa jornada que não é sua.

Não existe um caminho pré-definido, muito menos precisamos nos ater a uma decisão que tomamos quando jovens.

Acredito fortemente que, se tivesse me formado e seguido a carreira de internacionalista, provavelmente trabalhando nas áreas de COMEX ou política internacional, eu teria sido bem-sucedido. Mas jamais trocaria o perrengue de agora, de recomeçar e buscar o que estou buscando, por esse sucesso.

Porque, dessa vez, eu DECIDI, montei um PLANO e FIZ.

E vamos ser sinceros: quando começamos a faculdade ou a trabalhar, o que nós sabemos? Nada, absolutamente nada. Mesmo assim, muitas vezes nos prendemos por toda a vida a essa decisão tomada na juventude.

Na minha visão, isso acontece porque é mais fácil se convencer da escolha feita do que enfrentar a dor de mudar de caminho.

O Arthur mesmo, até ano retrasado, estava 100% focado na carreira de analista de ações. Até que decidiu virar 180° para empreender.

Para muitos que estão lendo e concordam, provavelmente o seguinte pensamento surgiu: "mas eu não posso simplesmente virar 180°, tenho contas, família, uma vida que custa caro hoje."

Nós também tínhamos. Eu arrisquei grande parte do que tinha juntado para fazer essa mudança, o Arthur também.

E mesmo sem um dinheiro guardado, a mudança pode ser feita. Porém, precisamos acima de tudo, aceitar o risco.

Ela pode ser gradual, um dia de cada vez, e para isso eu gosto muito do método do Sahil Bloom:

O 30 em 30

1. Escolha algo que quer fazer: analisar novas oportunidades, procurar emprego, iniciar uma empresa, praticar um esporte ou desenvolver uma nova habilidade.

2. Dedique 30 minutos por dia, durante 30 dias.

Isso funciona por dois motivos:

• 30 minutos é pouco tempo, ou seja, não pesa tanto no seu dia.

• 30 dias é suficiente para criar uma rotina e tornar o hábito mais fácil de manter e evoluir.

No final dos 30 dias, você terá acumulado 15 horas fazendo aquilo, o que já te deixa consideravelmente bom na nova atividade.

Ou seja, você consegue avaliar melhor se é algo que realmente gosta ou se vale a pena continuar perseguindo.

Escolha algo na sua vida que sempre quis tentar e aplique o "30 em 30".

Utilize do momento que estamos

Estou enviando este e-mail no final do Carnaval por um motivo: quero que você saia desse feriado e tente. As melhores épocas para começar algo são quando a mudança está no ar.

O que machuca não são oportunidades falhas, são oportunidades perdidas.

Bronnie Ware fez um estudo analisando pacientes terminais para entender seus maiores arrependimentos. Isso virou um livro chamado Antes de Partir.

Dentre suas conversas, o arrependimento número 1 foi:

"Gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, não a vida que os outros esperavam de mim."

Isso, para mim, significa: ter coragem para viver o que queremos e correr atrás das oportunidades que realmente desejamos, mesmo que pareçam distantes como se tornar presidente do país.

Acredito fortemente que, mesmo que o sonho inicial seja inatingível, segui-lo vai te levar exatamente onde você deveria estar.

Para isso, precisamos de coragem e ação.

Até a próxima,

Lucca Moreira,

Co-Founder Insight Espresso