Você é o output

Tem um empresário americano que chama Alex Hormozi que considero um dos mentores da minha vida, por mais que nunca nos conhecemos.

Nos seus 20 e poucos anos, ele havia construído uma rede de seis academias, que vendeu depois por milhões de dólares. Após esse empreendimento, ele criou uma nova sociedade e investiu toda essa grana para alavancar o negócio.

Seu novo sócio simplesmente pegou os milhões de dólares, enviou para sua namorada na Suécia e desapareceu.

Anos de luta, suor e conquistas evaporados em um dia. Ele não tinha mais nada. Certo? Não!

O próprio Hormozi conta que nos próximos 12 meses ele fez muito mais dinheiro do que havia feito nos outros cinco anos. O output não é a grana, somos nós.

Nenhum trabalho é desperdiçado, nenhum conhecimento é inválido porque nós somos o resultado disso. O output do trabalho é a forma de pensar, é a skill, é a capacidade de gerar ainda mais grana.

Enquanto estamos entregando horas, buscando conhecimento, correndo atrás, estamos gerando dinheiro, mesmo que não diretamente. Sucesso é o que nos tornamos, não o que ganhamos nos tornando pessoas melhores.

Então, toda vez que o resultado está demorando ou está pouco claro, mas as horas estão sendo colocadas, lembre-se: eu sou o output disso, o dinheiro é somente uma consequência.

O mal de sonhar alto

Nessas últimas semanas estou acompanhando muito conteúdo do Steve Jobs e muitas pessoas falam que ele era insuportável de trabalhar ao lado.

E por mais que eu não consiga saber como ele era no dia a dia, uma coisa eu tenho certeza: por mais gente boa que ele seja para outras pessoas, ele sempre vai ser insuportável. Por quê?

Porque a pessoa que tem a visão vai ser a pessoa que mais vai ligar para o que ela está criando e, portanto, ela vai cobrar de acordo. Ela vai xingar às vezes, ela vai demitir, ela vai querer fazer coisas que outras acham impossíveis e exigir que seja feita.

Eu não sou nenhum Steve Jobs e vejo isso acontecendo comigo. Até troquei ideia com o Arthur no começo da All Weather. O dono de um negócio sempre vai ser chato porque não existe ninguém no mundo que se importa com aquilo mais do que ele. Ninguém.

Sonhar alto carrega consigo esse fardo de ser o chato, ou o business não sai do chão. Sem cobrar o fornecedor todos os dias, sem defender sua empresa em qualquer negociação, sem exigir o máximo das pessoas que estão com você, realmente o sonho que só você acredita será impossível de atingir.

O que não quer dizer que vamos ser babacas, não é isso, mas na visão do outro, pelo nível de cobrança, é inevitável não sermos os chatos. Temos que fazer as pazes com esse fato para que o negócio cresça.

Steve Jobs podia ser insuportável, mas eu duvido que alguém não tenha respeito por ele na Apple ou qualquer outra empresa. Isso é ser líder.

Peça críticas mais do que elogios

A habilidade de receber feedbacks duros é uma das mais importantes quando falamos de relacionamento com seres humanos.

Eu tenho uma dificuldade e já joguei muito feedback negativo pela janela por ego, porém saber aceitar e internalizar é chave para evoluirmos.

Sempre dói um pouco ser criticado negativamente, mas hoje tento ter uma visão de que se aquilo foi falado preciso levar em consideração e internalizar. Não necessariamente vou acatar e tentar mudar porque nem sempre é válido, mas precisamos refletir sobre.

Há umas três semanas recebi na empresa um feedback de todos os líderes, tanto positivo quanto negativo. 90% dos feedbacks negativos envolviam questões de comunicação.

O primeiro instinto é sempre querer nem pensar sobre, mas me coloquei para refletir. Vários falavam sobre minha comunicação direta demais, outros sobre ser prolixo e "palestrinha".

No caso do primeiro, é verdade mesmo e em ambiente de trabalho sou bem direto, porém, é a forma que acredito que precisamos ser. Sem politicagem, sem conversinha, eu vou pedir algo e espero que seja feito no prazo combinado, sem passar pano. Nesse caso, não vou mudar.

Por outro lado, eu ando meio palestrinha mesmo em alguns tipos de conversa porque eu penso em muita coisa, mas por mais que tenha um motivo preciso melhorar, conseguir condensar melhor minhas ideias. Nesse caso eu vou buscar mudar e melhorar.

Foi ótimo ter recebido os feedbacks, por mais que alguns tenham sido pesados. Cabe a nós decidir o que vamos internalizar, porém, não podemos entrar na defensiva. É um impulsionador de mudanças enormes.

1 Filme: Kill Bill

Nota IMDB: 8,2

Onde assistir: Prime

Eu gostaria de trazer algo extremamente profundo sobre esse filme, mas não precisa. É só um filme incrível de assistir. É uma experiência com todas as emoções, algo que valorizo muito quando estamos falando de filme.

Mas um ponto de reflexão mais profundo que tive foi: mesmo que ela tenha sofrido talvez um dos piores crimes na história do cinema, ela nunca abandonou sua moral.

Mesmo na maior raiva, precisamos nos manter morais porque sem isso, o que temos?

É um dos meus filmes e diretores favoritos, nunca tinha indicado e é bom demais.

Até a próxima,

Arthur Mota,

Co-Founder Insight Espresso