Enquanto falamos, não estamos fazendo

Meu histórico em relação a essa reflexão é péssimo (rs). Por estar muito animado com um evento neste final de semana, me peguei refletindo sobre isso.

Quando eu era mais novo, por ter uma tendência natural a pensar demais, ficava falando para amigos, para mim mesmo e para familiares tudo que iria fazer.

O resultado disso? Eu acabava não fazendo. Sentia-me mais frustrado porque havia feito um compromisso público, e o sentimento final era sempre negativo.

E por que falamos? Porque nesse ato de dizer que vamos fazer algo e receber das pessoas próximas parabenizações e incentivos, acabamos nos satisfazendo sem ter feito o mais importante e difícil.

É uma forma fácil de ter o prazer de realizar algo sem realmente fazê-lo, mas com um grande problema: essa satisfação dura pouco demais e ainda atrapalha na hora de sentar a bunda na cadeira e produzir.

Aproximadamente uns cinco anos atrás, eu mudei completamente. Parei de falar qualquer coisa quando o motivo era só sentir bem-estar momentâneo. Se fosse para pedir conselho, tudo bem, claro, mas se o objetivo fosse apenas aquele sentimento quente de sucesso falso, nunca mais.

Meu nível de produção e ação explodiu, em todos os âmbitos da minha vida. Por isso, enquanto falamos, não fazemos.

Sempre vamos querer falar e falar porque não carrega a dor de fazer e traz o sentimento de satisfação momentânea — só que é um sentimento que é ótimo agora, mas atrapalha todo o resto depois.

O Arthur e eu, quando começamos ano passado a criar a empresa, passamos meses ignorando perguntas e desviando o assunto, porque no fundo, como era difícil demais (e ainda é), não fazia sentido as pessoas saberem de algo que tiraria nossa vontade de executar.

Lembre-se sempre que, quando sentir vontade de compartilhar algo apenas pelo ato de compartilhar, isso pode estar atrapalhando o fator mais importante: a ação.

Amar vs temer

Eu estou lendo o livro dele, então fica complicado não compartilhar as reflexões que ele provoca, porque são infinitas.

Já pensei muito sobre o AMOR e, como um observador curioso do ser humano, consigo afirmar: existem pouquíssimos casais que realmente amam.

Eu vejo casais que são apaixonados. Vejo casais que temem, que dependem, mas raramente vejo casais que se AMAM.

Com certeza já entrei em relacionamentos por esses mesmos motivos. Todos nós vamos em algum momento, mas não devemos nunca confundir isso com amor... Principalmente a paixão.

Ficar sozinho é estranho. O começo é incrível, e depois o medo toma conta. O medo de não encontrar ninguém, o medo de ficar sozinho, o medo de não ter apoio e suporte...

E quando ele toma conta, desesperamos e vamos atrás. Só que amar não é isso. Isso é medo, simples e claro.

Corremos, e nessa corrida nos anestesiamos... Nos afastando cada vez mais do sentimento de AMAR.

Um ponto incrível que Samael traz e que ele encaixa com cada parte da nossa vida é:

1. Toda vontade parte de medo ou amor.

2. A vontade por medo é o que aprendemos na nossa vida e o que nos torna superficiais.

3. A única forma de mudarmos a nós mesmos, o mundo e a nova geração é deixar o medo para trás e entender o amor.

   • O amor pelo trabalho.

   • O amor pelo parceiro.

   • O amor pela família.

   • O amor pelo próximo.

5 minutos que viram 45

“Sempre que estou tentando me concentrar, encontro um bloqueio ou desafio mental e considero dar uma olhadinha rápida em mensagens de texto, e-mail, redes sociais, etc., lembro a mim mesmo: Uma interrupção de 5 minutos na verdade são 45." O escritor de ficção Brandon Sanderson explica.

Nosso cérebro precisa de aquecer, é importante ele passar dos momentos iniciais. O processo é sempre o mesmo quando vamos iniciar tarefas:

1. Agitação e estresse. É a porta de entrada, é seu cérebro começando a entender no que precisa focar.

2. Flow. É a hora que paramos de entender o tempo, deixamos tudo de lado e o que mais importa é a tarefa que está na nossa frente.

3. O pós-flow. Nosso cérebro já cansou, você continua porque precisa, mas já não é a mesma coisa da hora do flow.

Toda tarefa segue sempre a mesma lógica, ou seja, interromper o processo não é só o momento que você está lendo seu WhatsApp, é recomeçar o processo novamente.
5 minutos viram 45.

E como se recomeçar o processo não fosse negativo o suficiente, ainda ativa o efeito de "Atenção Residual" cunhado pela Dra. Sophie Leroy.

Em poucas palavras: quando sua atenção muda de uma tarefa de escrita, por exemplo, para verificar e-mails, ao retornar à tarefa de escrita, um resíduo da sua atenção permanece preso pensando nos e-mails. Esse resquício cognitivo divide, dispersa e impede suas capacidades mentais, reduzindo a profundidade, clareza e energia criativa que você pode dedicar à tarefa de escrita.

Portanto, se você busca produtividade, o primeiro passo é vencer a vontade de dar "só uma olhadinha" para os 5 minutos não virarem 45.

Eu uso uma regra como faço "To-do" todos os dias: eu só posso dar a olhadinha quando completo a tarefa do to-do, não importa o tempo. Estou, por exemplo, há 1 hora e meia escrevendo e nem cogito olhar na direção do celular.

Isso é smart work.

1 Filme - Antes do Amanhecer

Onde assistir: Prime (via aluguel)

Nota IMDB: 8.1

Dois estranhos se encontram por acaso em um trem na Europa e decidem passar uma noite juntos em Viena, caminhando pela cidade, compartilhando histórias e explorando a vida, o amor e os mistérios da conexão humana. Jesse (Ethan Hawke) e Céline (Julie Delpy) se entregam ao momento sem expectativas, sabendo que ao amanhecer tudo pode acabar.

Antes do Amanhecer é mais do que um romance. É uma reflexão profunda sobre a essência do amor verdadeiro — um encontro desarmado, livre de medo, posse ou dependência. Diferente da paixão intensa e passageira que geralmente confunde os sentimentos, o filme mostra como o amor genuíno nasce quando nos permitimos ser vulneráveis, sem buscar preencher vazios ou fugir da solidão.

Possui um dos melhores diálogos que vi no cinema moderno, a forma de filmagem é tão intimista que parece que você está lá junto com eles. Vale cada segundo assistido.

Até a próxima,

Lucca Moreira,

Co-Founder Insight Espresso