#091 - Persistir, pequenos detalhes e input vs output

Enviado por Lucca Moreira | 28 de Fevereiro de 2025

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Tempo de leitura: 6 minutos

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O que vamos explorar hoje?

  • 1 frase de Brandon Sanderson para refletirmos sobre o quanto estamos certos do nosso caminho;

  • 1 história do time britânico de ciclistas e sua mudança incrível através dos ganhos marginais;

  • 1 reflexão de Sahil Bloom sobre a matemática de input vs output para atingir o extraordinário; 

  • 1 indicação de um ótimo filme para o fim de semana.

Persistir sem nenhum indício de sucesso

"Como é o meu sucesso? O que estou disposto a aceitar? Se eu morresse — vamos ser otimistas, na casa dos 100 anos — com 150 manuscritos não publicados, eu estaria de acordo com isso? Eu continuaria fazendo isso, mesmo sabendo que nunca seria publicado? E percebi: 'Sim. Eu continuaria. Continuaria escrevendo e contando minhas histórias'."

Brandon Sanderson

Essa frase foi dita por Brandon Sanderson, escritor que vendeu mais de 40 milhões de livros em 35 línguas. No início de sua carreira, nos primeiros 12 livros que escreveu, ele foi rejeitado.

Após essas rejeições, restaram a dúvida, a ansiedade e a visão de que talvez aquilo não fosse para ele. Em meio a esse furacão de pensamentos negativos, ele fez uma autoavaliação e decidiu, ali, naquele momento, que mesmo se nunca publicasse nenhum livro na sua vida, ele continuaria escrevendo.

O que me veio à mente ao ler esse relato é algo que sempre escuto o Alex Hormozi falando e que relembro nos momentos de dúvida: "Eu não perco se eu não desistir."

Quanto maior o sonho, quanto maior a visão, mais vamos "comer terra" antes de atingir o sucesso. Portanto, o segredo não está em buscar resultados imediatos, mas em não desistir antes de vê-los.

Aparecer todo dia, entregar seu máximo e NÃO SAIR do jogo inevitavelmente nos levará ao sucesso. Talvez não ao sucesso que imaginamos no início da jornada, mas ao sucesso mesmo assim.

Para isso, reenquadre sua visão. Faça como Brandon: imagine o pior cenário dentro daquilo que ama fazer e tente se enxergar persistindo mesmo assim.

Se a resposta for sim, o caminho é esse.

Os pequenos detalhes geram os maiores resultados

Em 2003, a organização de ciclismo da Grã-Bretanha tomou uma decisão que mudaria completamente o destino de sua equipe.

Eles contrataram Dave Brailsford como o novo treinador de performance. O time já acumulava cem anos de resultados medíocres: apenas uma medalha de ouro olímpica desde 1903 e zero vitórias no Tour de France.

Dave era a esperança da equipe para, finalmente, começar a vencer. Ele trouxe uma metodologia inovadora baseada nos ganhos marginais. Sua ideia não era fazer uma transformação radical, mas sim focar em pequenas melhorias que, no longo prazo, fariam uma grande diferença.

Ele começou ajustando o posicionamento do banco para cada ciclista.

Passou a aplicar álcool nos pneus para melhorar a aderência.

Testaram diversos géis de massagem para identificar quais seus ciclistas respondiam melhor. Tornou obrigatório o uso de travesseiros e colchões específicos onde quer que fossem, garantindo um sono de qualidade.

Foram centenas dessas pequenas mudanças. E, a cada uma delas, o time melhorava 1%.

Após apenas cinco anos da entrada de Dave, os ganhos marginais começaram a gerar resultados expressivos. Nas Olimpíadas de 2008, a equipe britânica levou 60% das medalhas de ouro disponíveis.

No mesmo ano, Bradley Wiggins conquistou a primeira vitória da Grã-Bretanha no Tour de France.

Durante o período de 2007 a 2017, os ciclistas britânicos ganharam 178 campeonatos mundiais, 66 medalhas de ouro olímpicas ou paralímpicas e conquistaram cinco vitórias no Tour de France – no que é amplamente considerado como a sequência mais bem-sucedida da história do ciclismo.

Como eles conseguiram? Buscando a melhora de 1% todos os dias, nos pequenos detalhes.

Essa é a estratégia que a Insight quer que você adote: em vez de esperar por uma transformação completa e imediata, foque em melhorar um aspecto hoje, outro amanhã e mais um depois.

Os pequenos detalhes importam muito mais do que imaginamos – e são infinitamente mais fáceis de serem implementados.

Vamos buscar a excelência nos pequenos detalhes.

Outputs extraordinários precisam de inputs extraordinários

Essa ideia veio do Sahil Bloom, e, inclusive, eu estava precisando ouvir isso. Esse é o segredo: quanto de input você está colocando?

“Recentemente, conversei com um jovem que queria mudar radicalmente sua posição na vida. Ele trabalhava em um emprego das 9h às 17h do qual não gostava e queria abrir sua própria empresa para construir algo especial.

Ele disse que não tinha tempo para começar, mas quando pedi um resumo de seu dia, hora por hora, percebi que incluía cerca de duas horas de comida e relaxamento em frente à televisão antes de dormir.

Quando questionei sobre reduzir esse ritual diário, ele respondeu que "precisava disso" para relaxar no final do dia.

Minha pergunta sincera foi: você precisa desse tempo na televisão mais do que precisa mudar sua vida?

A realidade é que a vida está repleta de desafios, trocas e sacrifícios dolorosos. Mas, se você diz que quer um resultado extraordinário, precisa estar disposto a contribuir com um esforço extraordinário.

Você precisa estar disposto a suportar uma temporada de desequilíbrio para alcançar uma vida de equilíbrio do outro lado.

1 Filme - 1917

Onde assistir: Prime

Nota IMDB: 8.2

Em meio à Primeira Guerra Mundial, dois jovens soldados britânicos recebem uma missão impossível: atravessar o território inimigo para entregar uma mensagem que pode salvar 1.600 homens de uma emboscada mortal. Com o tempo contra eles, cada passo é uma luta pela sobrevivência.

Além de ser um filme icônico somente pela forma que gravaram, onde tudo aparenta estar acontecendo sem corte, em sequência, é uma mostra de resiliência que inspira.

Existe uma cena nos minutos finais do filme que vale cada segundo assistido. É algo de arrepiar.

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Até a próxima,

Lucca Moreira,

Co-Founder Insight Espresso